por mais que você esteja se esforçando, ainda não é o suficiente.
vem a vida, o destino, o carma, enfim, o nome que você preferir e chuá, joga um balde de água fria na sua frente.
você disfarça, continua conversando, finge que não viu.
tarde demais. ao seu lado... direito.
(ainda bem que é esse. se fosse outro, talvez fosse pior...) *
como forma da vida te provar. te cutucar. te aguçar.
justo em um primeiro dia de mudança de padrão mental.
e você percebe que ainda não está livre.
que ainda falta.
que a ausência incomoda.
mas que a sorridente presença incomoda ainda mais.
e que estava sim, sentindo falta daquele olhar ainda que sutilmente direcionado ao seu decote, de forma quase imperceptível.
mas quem já esteve habituada à voracidade desse olhar, sabe facilmente reconhecê-lo.
e também aquele leve nervosismo disfarçado num cruzar de braços bem típico. e que ironia a companhia do amigo, justo aquele que em outros tempos tentou ser empurrado à você, o quase cupido. e você nesses tempos, de certa forma também cupida, posteriormente culpada, que assinava mensagens como "a melhor amiga".
a vida muitas vezes chega a ser absolutamente sarcástica...
e você igualmente sorri, ao constatar tudo isso.
isso (porque isTo é do outro): sequência de fatos vindo em intervalos muito pequenos de tempo, enquanto você disfarça os pensamentos e conversa sobre banalidades.
aliás, eis sua forma de disfarçar o nervosismo: você fala. fala. fala. não sabe nem sobre o que, mas normalmente banalidades impensadas e corriqueiras.
no fim, leve abraço você sentada, ele em pé, que nem de perto lembra os de outros tempos, e deixa sua mensagem, ainda que sob poucas palavras, quase despercebidas.
"saudade. some não, hein."
e ao vê-lo dar as costas, você percebe que vai ter que se esforçar um pouco mais.
pra que o controle volte a ser novamente seu.
conquistado rapidamente, mas carente de esforço.
pra que sua mente alcance novamente o estado livre do instante anterior. (alcançado pelo, com e devido ao outro)
e especialmente, pra que esse sorriso deixado no seu rosto venha a ter um outro significado...
* parênteses : explicações/pensamentos referidos ao outro.
[atualizacao em 04/02/09... como a vida dá voltas meu deus! uou!]
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
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