sexta-feira, 19 de novembro de 2010

sobre você...

"Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim"

Herbert Vianna

Porque certas pessoas simplesmente devem ficar aonde estão...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Paperback writer

O que não é escrito desaparece.
Ou nem mesmo isso: o que não é escrito não existe.

Michel Schneider, “Mortes Imaginárias”
"Ocorreu uma mudança durante essas últimas semanas. Mas onde? É uma mudança abstrata que não se fixa em nada. Fui eu que mudei? Se não fui eu, então foi esse quarto, essa cidade, essa natureza; é preciso decidir."

Sartre, in A Náusea

sábado, 23 de outubro de 2010

Das provas...

"Para todas as grandes coisas
exigem-se lutas penosas
e um preço muito alto.
A única derrota da vida
é a fuga diante das dificuldades."

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Da prova

"As coisas não caem do céu. É preciso ir buscá-las. Voar alto. Mergulhar fundo. Muitas vezes será preciso voltar ao ponto de partida e recomeçar tudo outra vez. As coisas não caem do céu. Mas quando, após haverem empenhado cérebro, nervos, coração, chegarem ao resultado buscado, saboreiem a vitória merecida gota a gota, sem se esquecer, no entanto, que ninguém é bom demais, que ninguém é bom sozinho e que no fundo no fundo, por paradoxal que pareça, as coisas caem mesmo é do céu. E é preciso agradecer”.

sábado, 9 de outubro de 2010

all.
alone.
in the dark.

but there's still a spark.
i do believe.
yes i do.

domingo, 26 de setembro de 2010

Tudo passa...

Tudo passa – sofrimento, dor, sangue, fome, peste.

A espada também passará, mas as estrelas ainda permanecerão quando as sombras de nossa presença e de nossos feitos se tiverem desvanecido da Terra.

Não há homem que não saiba disso. Por que então não voltamos nossos olhos para as estrelas? Por quê?

Mikhail Bulgakov, The White Guard (O exército branco)

Do fim

Tu tens um medo:
Acabar.

Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.

Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.

Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

[Cecília Meireles]

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Mais que a mim

[Ana Carolina e Chiara Civelo]

Ouvi dizer que você tá bem
que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi ninguém pra me abraçar
me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
Quando vi seu carro passar
Vi todo o amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou
Mas agora eu vou.

Tentei falar mas você não soube ouvir
Tente admitir!
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim, bem mais que a mim.

Ouvi dizer que você tá bem
que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi ninguém pra me abraçar
me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
quando vi seu carro passar
Vi todo o amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou
Mas agora eu vou.

Tentei falar mas você não soube ouvir
Tente admitir!
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim, bem mais que a mim.

É, mais que a mim.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Da compreensão

"A compreensão correta de uma coisa e a má compreensão dessa mesma coisa não se excluem completamente."

[Kafka]

terça-feira, 29 de junho de 2010

Carta a um você que eu não conheci

Querido,

Ainda lembro do primeiro dia em que não nos conhecemos. Você nunca estava, como sempre, representando seu papel de supremo dono do conhecimento que não dá a mínima para o próprio, quando na verdade, nós dois (ou pelo menos eu acho que) sabemos que é uma das coisas que você mais faz e bem nessa vida cheia de choro.

Não falei, não falaste, e diante da ausência da minha reclamação, não me olhaste, e nós dois então não pudemos perceber que nada havia por acontecer. Nada se construia naquele segundo singular em que não nos conhecemos.

Depois não nos encontramos mais. Uma vez mais ainda nem me vistes. Não chegastes a saber das idas sem voltas que cercavam a minha vida naquele momento, talvez por isso mesmo, nem me olhastes. Não falei, não falastes, nenhum sentimento foi construíndo-se em feto naquele momento, mais uma vez "segundo-singular".

Todos os momentos "segundo-singulares" que não chegaram a se seguir, ainda agora não os tenho em minha memória. Em nenhum dia me disseste "Atenciosa" e eu, nunca saberia que não mais o ouviria...

Nunca soubemos das coisas que não faríamos. E muitas, NUNCA fizemos...

Mas em nenhum dia nos encontraremos, não nesta vida, não na outra, mas as lembranças que não ficaram na memória, não precisam ser esquecidas. Quem sabe nunca as veremos repetidas?

Saudosas lembranças.

[Samantha Ipsum]

domingo, 27 de junho de 2010

Do adeus do hoje

"depois que um corpo comporta outro corpo
nenhum coração suporta o pouco."

[Alice Ruiz]


Depois que se conhecesse alguém especial, é difícil se contentar com os iguais.
Há alguns anos, mais ou menos uns 4, eu não me sentia tão encantada por alguém como me pego hoje.
Magro. Moreno. Alto. Bonito. E sensual. (E com o nariz grande pontudo que adoooooro.)
Inteligente. Sensível. Altruísta. Educado. Gente boa. Humilde. Companheiro. Paciente. Engraçado. Corredor. Dançarino. Tocador de violão.
Bom filho. Bom irmão. Bom amigo.

Que mais eu queria da vida?

Solteiro.

: )

Hoje nos despedimos com a promessa de que não seria a última vez que iríamos nos ver. Assim espero... E mesmo que isso não ocorra de fato nessa vida, só tenho a desejar tudo de muito bom a uma pessoa tão doce e encantadora.

sábado, 26 de junho de 2010

Das pessoas

Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas dentro de nós.
Umas pq nos dedicaram um carinho enorme, outras pq foram o objeto do nosso amor, ainda outras por terem nos magoado profundamente, e há algumas que deixam marcas profundas por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem conseguido ainda assim plantar dentro de nós tanta coisa boa...

domingo, 20 de junho de 2010

Saramago

"Há esperanças que é loucura ter. Pois eu digo-te que se não fossem essas já eu teria desistido da vida."

.

"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia."

[José Saramago]

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Desconcertando-me

Cadê minha certeza?
Cadê minha atitude?
Ai, baiano...
O que será?

domingo, 4 de abril de 2010

Confesso

Confesso, acordei achando tudo indiferente
Verdade, acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas
Mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego,
Eu não te deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta
É como olhar pra trás
Não vou mentir
Nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo,
Eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer
Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade
Mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo
Ou não volte mais

Não vou pedir a porta aberta
É como olhar pra trás
Não vou mentir
Nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo,
Eu já roubei demais

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade
Mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo
Ou não volte mais

Não vou pedir a porta aberta
É como olhar pra trás
Não vou mentir
Nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo,
Eu já roubei demais

[Ana Carolina]

quarta-feira, 24 de março de 2010

D10 da ausência

Sinto sua falta.
Talvez não a sua especificamente, mas do papel que só foi ocupado por vc em minha vida.

Ainda lembro vc em cada instante.
Apesar de tudo.
Ainda tudo.

Ainda sinto.
No décimo dia da provação de Greg.
Ainda faltam cinquenta.

Resistirei à ausência?
Possivelmente.
Final-mente.

sábado, 20 de março de 2010

é pau, é pedra, é o fim do caminho.

domingo, 14 de março de 2010

Baranguísse completa é meu nome

Há uma nuvem de lágrimas
Sobre meus olhos
Dizendo prá mim
Que você foi embora
E que não demora
Meu pranto rolar...

Eu tenho feito de tudo
Prá me convencer
E provar que a vida
É melhor sem você
Mas meu coração
Não se deixa enganar...

Vivo inventando paixões
Prá fugir da saudade
Mas depois da cama
A realidade
Essa tua ausência
Doendo demais...

Dá um vazio no peito
Uma coisa ruim
O meu corpo querendo
Seu corpo em mim
Vou sobrevivendo
Num mundo sem paz...

Aaaaaaaaah!
Jeito triste de ter você
Longe dos olhos
E dentro do meu coração
Me ensina a te esquecer
Ou venha logo
E me tire desta solidão...

sábado, 13 de março de 2010

Mentiras

Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família...

Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu gosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos...

Que é pra ver se você volta,
Que é pra ver se você vem,
Que é pra ver se você olha,
Pra mim...

Nada ficou no lugar
Eu quero entregar suas mentiras
Eu vou invadir sua aula
Queria falar sua língua...

Eu vou publicar os seus segredos
Eu vou mergulhar sua guia
Eu vou derramar nos seus planos
O resto da minha alegria...

Que é pra ver se você volta,
Que é pra ver se você vem,
Que é pra ver se você olha,
Pra mim...(2x)

[Adriana Calcanhoto]

Sobre o eu...

"Ela tinha sonhos.
Agora, já não sabe mais se é capaz de acreditar.
Tenta não se envolver.
Será que é possível?
Saudades...
Se houver outra vida,
que eu seja menos sonhadora, menos idealizadora
Enfim, que eu não seja eu."

terça-feira, 9 de março de 2010

Estupor

esse súbito não ter
esse estúpido querer
que me leva a duvidar
quando eu devia crer

esse sentir-se cair
quando não existe lugar
aonde se possa ir

esse pegar ou largar
essa poesia vulgar
que não me deixa mentir

[leminski]

segunda-feira, 8 de março de 2010

Por não estarem distraídos - Clarice Lispector

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque -- a sede é de graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles adimiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto.
No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e durs, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

domingo, 7 de março de 2010

Ninguém ignora tudo.
Ninguém sabe tudo.
Por isso aprendemos sempre.

Paulo Freire

Da doença

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente.
Preciso conduzir
Um tempo de te amar,
Te amando devagar e urgentemente.

Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez,
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.

Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente...
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.

Depois de te perder,
Te encontro, com certeza,
Talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.

[chico buarque - todo o sentimento]

quinta-feira, 4 de março de 2010

"Enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida."

[Machado de Assis]

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Nada a ver com o clima pós carnaval, mas não deu pra postar antes

"Aparentemente de vez em quando os adultos têm tempo de sentar e contemplar o desastre que é a vida deles. Então se lamentam sem compreender e, como moscas que sempre batem na mesma vidraça, se agitam, sofrem, definham, se deprimem e se interrogam sobre a engrenagem que os levou até ali onde não queriam ir. Os mais inteligentes até transformam isso numa religião:ah, a desprezível vacuidade da existência burguesa! (...) 'Que fim levaram nossos sonhos de juventude?', perguntam com ar desiludido e satisfeito. 'Desfizeram-se, e a vida é uma bandida'. Detesto essa falsa lucidez da maturidade. O fato é que são como os outros, são crianças que não entendem o que lhes aconteceu e bancam os durões quando na verdade têm vontade de chorar.
No entanto, é simples entender. O problema é que os filhos acreditam nos discursos dos adultos e, ao se tornar adultos, vingam-se enganando os próprios filhos. 'A vida tem um sentido que os adultos conhecem' é a mentira universal em que todo mundo é obrigado a acreditar. Quando, na idade adulta, compreende-se que é mentira, é tarde de mais. O mistério permanece intacto, mas toda a energia disponível foi gasta há muito tempo em atividades estúpidas. Só resta anestesiar-se, do jeito que der, tentando ocultar o fato de que não se encontra nenhum sentido na própria vida e enganando os próprios filhos para tentar melhor se convencer.
(...)
A pessoas crêem perseguir estrelas e acabam como peixes-vermelhos num aquário. Fico pensando se não seria mais simples ensinar desde o início às crianças que a vida é absurda. Isso privaria a infância de alguns bons momentos, mas faria o adulto ganahar um tempo considerável - sem falar que, pelo menos, seríamos poupados de um traumatismo, o do aquário."

A elegância do ouriço, trecho do pensamento profundo nº1 de Paloma

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Depois do Carnaval...

Quando eu te pegar você vai ver, você vai ver
Ai de ti, ai de ti.
Vai se amarrar só querer saber de mim
Você vai se dar bem e eu também
Você vai se dar bem e eu também

Comigo é na base do beijo
Comigo é na base do amor
Comigo não tem disse me disse
Não tem chove não molha desse jeito que sou

Quando amo é pra valer
Quando amo é pra valer
Dou carinho me entrego
Faço o amor acontecer
Quando amo é pra valer
Quando amo é pra valer
Dou carinho me entrego
Faço o amor acontecer

Vamos namorar
Beijar na boca

[Ivete Sangalo]

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A dor, sobretudo,
parecia prazer.

Parecer era tudo
que as coisas sabiam fazer.


leminski

sábado, 13 de fevereiro de 2010

You Oughta Know

I want you to know
That I'm happy for you
I wish nothing but
The best for you both

An older version of me
Is she perverted like me?
Would she go down on you in a theater?
Does she speak eloquently?
And would she have your baby?
I'm sure she'd make a really excellent mother

'Cause the love that you gave, that we made
Wasn't able to make it enough
For you to be open wide, no
And every time you speak her name
Does she know how you told me you'd hold me
Until you died? 'Til you died?
But you're still alive

And I'm here to remind you
Of the mess you left when you went away
It's not fair to deny me
Of the cross I bear that you gave to me
You, you, you oughta know

You seem very well
Things look peaceful
I'm not quite as well
I thought you should know

Did you forget about me, Mr. Duplicity?
I hate to bug you in the middle of dinner
But it was a slap in the face
How quickly I was replaced
And are you thinking of me when you fuck her?

'Cause the love that you gave, that we made
Wasn't able to make it enough
For you to be open wide, no
And every time you speak her name
Does she know how you told me you'd hold me
Until you died? 'Til you died?
But you're still alive

And I'm here to remind you
Of the mess you left when you went away
It's not fair to deny me
Of the cross I bear that you gave to me
You, you, you oughta know

'Cause the joke that you laid in the bed
That was me, and I'm not going to fade as soon
As you close your eyes, and you know it
And everytime I scratch my nail
Down someone else's back, I hope you feel it
Well, can you feel it?

Well, I'm here to remind you
Of the mess you left when you went away
It's not fair to deny me
Of the cross I bear that you gave to me
You, you, you oughta know

I'm here to remind you
Of the mess you left when you went away
It's not fair to deny me
Of the cross I bear that you gave to me
You, you, you oughta know

[Alanis Morrisette]

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Amor...

Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é coisa que mais quero.
Por causa dele falo palavras como lanças.
Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é coisa que mais quero.
Por causa dele podem entalhar-me,
Sou de pedra sabão.
Alegre ou triste,
amor é coisa que mais quero.

Adélia Prado

Será?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Da fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

[vinicius de moraes - soneto da fidelidade]

Enfim

O dia mais esperado chegou. Meu coração finalmente está vazio!! Aquela sensação de sentimento zero, sabe? Ouvir uma música romântica e não pensar em ninguém!! E estar bem assim!!
Nem acredito!!
Enfim...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"Niente da più dolore che il ricordare i momenti felici nell'infelicità"

[Dante Alighieri]
Ho compreso?
Ho perdonato?
Ho dimenticato?

Che equivoco!

Ho solo cessato di amare..


.
.
.

(Ho cessato di amare davvero?)

Do meu carnaval...

Eu estava numa vida de horror
Com a cabeça baixa sem ninguém me dar valor
Eu tava atrás (tchururu) da minha paz (tchururu)

Agora que mudou a situação
Choveu na minha horta vai sobrar na plantação
Deixei pra trás (tchururu), pois tanto faz (tchururu)


Eu quero mais é beijar na boca
Eu quero mais é beijar na boca (eu quero mais)
Eu quero mais é beijar na boca
E ser feliz daqui pra frente... pra sempre

Já me livrei daquela vida tão vulgar
Me vacinei de tudo que podia me pegar
Corri atrás (tchururu)
Quem tenta faz (tchururu)

Eu ando muito a fim de experimentar
Meter o pé na jaca sem ter que me preocupar
Eu quero mais, mais, mais, mais...


Eu quero mais é beijar na boca
Eu quero mais é beijar na boca (eu quero mais)
Eu quero mais é beijar na boca
E ser feliz daqui pra frente... pra sempre

Eu estava numa vida de horror
Com a cabeça doida sem ninguém me dar valor
Andava atrás (tchururu) da minha paz (tchururu)

Agora que mudou a situação
Choveu na minha horta vai sobrar na plantação
Deixei pra trás (tchururu), pois tanto faz (tchururu)


Eu quero mais é beijar na boca
Eu quero mais é beijar na boca (eu quero mais)
Eu quero mais é beijar na boca
E ser feliz daqui pra frente... pra sempre

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Foi um rio que passou em minha vida...

Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração
Tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar...

Porém! Ai porém!
Há um caso diferente
Que marcou num breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de Carnaval
Carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém
Que não me lembro anunciou
Portela, Portela
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou...

Ah! Minha Portela!
Quando vi você passar
Senti meu coração apressado
Todo o meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir
Aquele azul
Não era do céu
Nem era do mar
Foi um rio
Que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio
Que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio
Que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Abololô

"Abololô, abolocô
E a saudade vem
Vem pra dizer que no peito
Há vazio há falta de alguém

Abololô, abolocô
E a saudade vem
Vem pra qualquer um qualquer hora
Por alguém que foi pra longe já volta

Foi para não mais voltar
Gente que sente e que chora
Alguém que foi embora"

[marisa monte]

Você

Você, que tanto tempo faz,
Você que eu não conheço mais
Você, que um dia eu amei demais
Você, que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade
Você, que já não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você, que até hoje eu não esqueci
Você que, eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade, aqui em mim
Você ficou
Você que eu não encontro mais
Os beijos que já não lhe dou
Fui tanto pra você
E hoje nada sou


Mas a certeza é única: quem perdeu, foi você...
"Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis." Machado de Assis.
"R. amou-me durante 3 meses e 20 noites de sexo." J.M.N.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mais uma vez

Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei...

Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem...

Tem gente que está
Do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar...

Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia
A gente aprende
Se você quiser alguém
Em quem confiar
Confie em si mesmo...

Quem acredita
Sempre alcança...

Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei...

Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem...

Nunca deixe que lhe digam:
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos
Nunca vão dar certo
Ou que você nunca
Vai ser alguém...

Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia
A gente aprende
Se você quiser alguém
Em quem confiar
Confie em si mesmo!...

Quem acredita
Sempre alcança...
Mas pra quê
Tanto sofrimento,
Se nos seus há o lento
Deslizar da noite?

Mas pra quê
Tanto sofrimento,
Se lá fora o vento
É um canto na noite?

Mas pra quê
Tanto sofrimento,
Se agora, ao relento.
Cheira a flor da noite?

Mas pra quê
Tanto sofrimento,
Se o meu pensamento
É livre na noite?

Tema e Voltas, Manuel Bandeira

Não é, de forma alguma, menosprezo pelo sofrimento. Acho inclusive que Bandeira bem escreveu muito o remoendo, mas de nada adiantaria alimentar ainda mais o que já está em você. Sei que é difícil. Sei que dói muito. Sei que parece que jamais passará, que nada será pior que isso. Sei como é sentir que o mundo pode acabar lá fora, que pode acontecer o que for mas aquele aperto no peito parece que vai continuar, junto com um rio de lágrimas que insiste em sair pelas janelas e gritar pra todo mundo que, 'não, não está tudo bem', ainda que tudo que queira fosse fechar todas as saídas da alma e ficar lá no cantinho remoendo os próprios pensamentos sozinha. Sei também que meio mundo já deve ter falado coisas parecidas. Sei que até você deve ter falado algo assim com muita gente, mas que agora parece que nada faz sentido ante a dor que embaralha tudo. Mas garanto que essas coisas passam e que fugir delas não é a melhor solução. Até porque, fugir pra longe de nada adianta quando o principal que te aflige está em você mesmo. Essas coisas acontecem e ainda acontecerão, esteja você de um lado ou de outro. Com o tempo a gente vai aprendendo como (a gente) funciona e (pasme!) mesmo assim na hora H nem sempre parece mais fácil. Mas a vida é assim mesmo e de repente, sem preceber como chegou aquele ponto do caminho, chegamos em algum ponto e uma olhada pra trás mostra que aquilo já ficou la longe e parece muito pequenino perto do presente e da paisagem maravilhosa que se encontra a nossa frente.

domingo, 17 de janeiro de 2010

I don't want to be the bandage if the wound is not mine.

sábado, 16 de janeiro de 2010

back to black

We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to black

[Amy Winehouse]

Do Paco

Ontem fui ao Paco. Depois de 4 meses. Lá é o lugar que mais tenho boas lembranças. Meus insights com a Ari, minha "ficada" caliente com um certo Global ao som de "kiss", meu affair fixo com um certo dermatologista que insistia que o Paco seria o DJ do nosso casamento, vodka com energético (quando ainda não me fazia mal, pelo contrário...). Muito bom! E ter tido minha descarga adrenérgica tão necessária após 4 meses de seca, choro e frustração... Ok, 25 anos, cheio de amigos novinhos, 4º período da segunda faculdade. Não é o homem da minha vida, mas a pegada foi boa e é o que eu precisava. Pra tirar o ranso. Pra me mostrar que apesar das lembranças com outros caras, eu posso sim me divertir lá. E pra ter uma opção tb. Tô na pista e na minha lista agora não tem mais ninguém, o que não é bom. Foi bom sentir o perfume masculino de novo, ouvir coisas bacanas, se sentir bonita, com qualidades (além de tudo médica!). Bons fluidos. Finalmente!! E eu quero mais! Até pq carnaval é em Salvador...
Mas Ari, não tocou rehab... Mas eu tomei uma tequila por nós!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Do ontem

Ei, Luiz? PL? Gustavo? Gugu?

Queria te dizer o quanto me fez bem termos conversado ontem.

É muito mais fácil pra mim saber que no fundo o término foi sim por causa da lud.
Dói bem menos saber que vc ainda pensa em outra (que nunca fui, nem vou ser), do que pensar que a culpa é minha. Que EU fiz algo errado, que EU poderia ter agido de outra maneira, que EU fiz tudo acabar. Que EU fiz vc não me querer.

Dói menos saber que tudo acabou por conta das coisas mal resolvidas no seu coração, do que pensar que vc preferiu ficar sozinho a me ter ao seu lado. (antes só do que mal acompanhado?)

Ainda sofro muito e choro ao pensar em tudo, especialmente aqui sentada na sua mesa, no seu posto, nos prontuários com sua letra, com seu jaleco do lado... Vejo vc em tudo, por isso sinto mais vontade de ir embora, de voltar pra bh, de trocar de carro, de casa, de cidade, de vida, de tudo.

Torço pra sua felicidade.
Torço pra que resolva sua vida com a lud. De verdade.
Torço pra que fiquem juntos ou pra que seu coração se torne livre pra poder amar novamente...

Mas acredite, fico mais enciumada ao pensar em vc com outra, do que com ela. Talvez por conversarmos tanto nos sonhos, viramos brothers, ne? :-)

No momento sinto necessidade de escrever, de colocar pra fora. Te peço paciência pra conseguir expulsar vc de mim. Mas isso vai passar, ok?
Bom, por agora é isso.

Bjos, Ari.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Broken-Hearted Girl

Beyoncé

You're everything I thought you never were
And nothing like I thought you could've been
But still you live inside of me
So tell me how is that
You're the only one I wish I could forget
The only one I'd love to not forgive
And though you break my heart
You're the only one
And though there are times when I hate you
'Cuz I can't erase
The times that you hurt meAnd put tears on my face
And even now when I hate you
It pains me to say
I know I'll be there
At the end of the day
I don't wanna be without you babe
I don't want a broken heart
Don't wanna take a breath without you babe
I don't wanna play that partI know that I love you
But let me just sayI don't wanna love you
In no kinda way, no noI don't want a broken heart
And I don't wanna play the broken-hearted girl
No, no, no broken-hearted girl
I'm no broken-hearted girl
Something that I feel I need to say
Up'til now I've always been afraid
That you would never come around
And still I wanna put this out
You say you got the most respect for me
But sometimes I feel your not deserving of me
And still your in my heart
But you're the only one
And yes, there are times when I hate you
But I don't complain
'Cuz I've been afraid that
You would walk away
Oh but now I don't hate you
I'm happy to say
That I will be there
At the end of the day
I don't wanna be without you babe
I don't want a broken heart
Don't wanna take a breath without you babe
I don't wanna play that partI know that I love you
But let me just sayI don't wanna love you
In no kinda way, no noI don't want a broken heart
And I don't wanna play the broken-hearted girl
No, no, no broken-hearted girl
I'm no broken-hearted girl
Now I'm at a place I thought I'd never be(ooh)
I'm living in a world that all about you and me(yeah)
Ain't gotta be afraid, my broken heart is free
To spread my wings and fly away, away with you
I don't wanna be without you babe
I don't want a broken heart
Don't wanna take a breath without you babe
I don't wanna play that part
I know that I love you
But let me just say
I don't wanna love you
In no kinda way, no no
I don't want a broken heart
I don't wanna play the broken-hearted girl
No, no, no broken-hearted girl
I'm no broken-hearted girl
Broken-hearted girl, no, no
No broken-hearted girl
No broken-hearted girl

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sobre as cruzes...

Sempre carregaremos cruzes. Assim é a vida. Mas temos que saber que algumas são desnecessárias. E por mais que seja difícil nos livrarmos delas, porque elas já foram tão leves, é necessário.
E, acredite em quem passou por isso: é possível abandoná-las. Dói, lateja, não se esquece facilmente. Talvez não se esqueça nunca (é o que eu acredito. Apenas nos lembramos menos.). Mas é, sim, possível viver sem ela...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Definitivamente, errei de Rubão!!!

Amor e outros males
Uma delicada leitora me escreve: não gostou de uma crônica minha de outro dia, sobre dois amantes que se mataram. Pouca gente ou ninguém gostou dessa crônica; paciência. Mas o que a leitora estranha é que o cronista “qualifique o amor, o principal sentimento da humanidade, de coisa tão incômoda”. E diz mais: “Não é possível que o senhor não ame, e que, amando, julgue um sentimento de tal grandeza incômodo”.Não, minha senhora, não amo ninguém; o coração está velho e cansado. Mas a lembrança que tenho de meu último amor, anos atrás, foi exatamente isso que me inspirou esse vulgar adjetivo – “incômodo”. Na época eu usaria talvez adjetivo mais bonito, pois o amor, ainda que infeliz, era grande; mês é uma das tristes coisas desta vida sentir que um grande amor pode deixar apensa uma lembrança mesquinha; daquele ficou apensa esse adjetivo, que a aborreceu.Não sei se vale a pena lhe contar que a minha amada era linda; não, não a descreverei, porque só de revê-la em pensamento alguma coisa dói dentro de mim. Era linda, inteligente, pura e sensível – e não me tinha, nem de longe, amor algum; apenas uma leve amizade, igual a muitas outras e inferior a várias.A história acaba aqui; é, como vê, uma história terrivelmente sem graça, e que eu poderia ter contado em uma só frase. Mas o pior é que não foi curta. Durou, doeu e – perdoe, minha delicada leitora – incomodou. Eu andava pela rua e sua lembrança era uma coisa encostada em minha cara, travesseiro no ar; era uma gravata que em enforcava devagar, suspensa de uma nuvem. A senhora acharia exagero se eu lhe dissesse que aquele amor era uma cruz que eu carregava o dia inteiro e à qual eu dormia pregado; então serei mais modesto e mais prosaico dizendo que era como um mau jeito no pescoço que de vez em quando doía como bursite. Eu já tive um mês de bursite, minha senhora; dói de se dar guinchos, de se ter vontade de saltar pela janela. Pois que venha outra bursite, mas não volte nunca um amor como aquele. Bursite é uma dor burra, que dói, dói mesmo, e vai doendo; a dor do amor tem de repente uma doçura, um instante de sonho que mesmo sabendo que não se tem esperança alguma a gente fica sonhando, como um menino bobo que vai andando distraído e de repente dá uma topada numa pedra. E a angústia lenta de quem parece que está morrendo afogado no ar, e o humilde sentimento de ridículo e de impotência, e o desânimo que às vezes invade o corpo e a alma, e a “vontade de chorar e de morrer”, de que fala o samba?Por favor, minha delicada leitora; se, pelo que escrevo, me tem alguma estima, por favor: me deseje uma boa bursite.
Rubem Braga

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Feliz Ano Novo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."


[Carlos Drumond de Andrade]