quarta-feira, 28 de novembro de 2012

sábado, 24 de novembro de 2012

Da minha vontade

Não ir pra esta @#$%^! de plantão.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Da minha vontade

Again, again!!

Do desapego

Porque definitivamente não consigo mais pegar, gostar e não apegar...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Da estupidez

‎"A vida das pessoas sãs, dos homens comuns, era uma estupidez pior do que a morte. Parecia não haver alternativa possível. A educação também parecia uma armadilha. A pouca educação que eu tinha me permitido havia me tornado ainda mais desconfiado. O que eram médicos, advogados, cientistas? Apenas homens que tinham permitido que sua liberdade de pensamento e a capacidade de agir como indivíduos lhes fosse retirada. Voltei para meu barracão e enchi a cara...

Sentado ali, bebendo, considerei a opção do suicídio, mas me senti estranhamente apaixonado pelo meu corpo, pela minha vida. Apesar das cicatrizes que marcavam meu corpo e minha existência, ambos eram propriedades minhas. Eu podia me levantar agora e sorrir com escárnio para meu reflexo no espelho da cômoda: se você tem que ir, que leve ao menos uns oito juntos, uns dez, uns vinte...
Era uma noite de dezembro, um sábado. Estava no meu quarto e tinha bebido muito mais do que o de costume, acendendo um cigarro no outro, pensando nas garotas e na cidade e nos empregos e nos anos que ainda viriam. Olhando para o devir, eu gostava muito pouco do que via. Eu não era um misantropo ou um misógino, mas gostava de estar sozinho. Era bom estar solitário num lugarzinho, sentado, fumando e bebendo. Sempre tinha sido uma boa companhia para mim mesmo."


[Charles Bukowski]

Dos corações


"Dentro de cada coração há um segredo guardado, um segredo que jamais será contado à melhor amiga, nem ao padre nem ao psicanalista. Não que seja algo que deva ser escondido, mas é uma coisa que não poderá, jamais, ser dividida com ninguém: é uma coisa só sua. Pode se tratar de um fato que aconteceu e que seria um escândalo se alguém soubesse, uma linda história de amor ou apenas um delírio de imaginação, mas dele ninguém vai saber, nunca.
Virou uma mania contar tudo que nos acontece; mas as mais graves, mais sérias, que vêm lá do fundo, essas não se conta a ninguém. A gente pensa que certos pensamentos só acontecem com mulheres muito bonitas e homens muito interessantes, gente que já percorreu o mundo e passou por todas as experiências: ledo engano. Na vida da mais humilde lavadeira da periferia podem ter acontecido coisas que fariam inveja à mais bela e elegante mulher da cidade, que talvez por cuidar tanto de sua beleza e de sua elegância nunca perdeu tempo olhando seu próprio coração."
[Danuza Leão]

domingo, 18 de novembro de 2012

Dos trens

"Os trens que não tomamos são os que nos levam mais longe". 

[Michel Schneider]

sábado, 17 de novembro de 2012

É só isso

"Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que sinto
Não mudará"

[Vanessa da Matta - Boa Sorte]

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dos 30

 "Quando eu tiver 30 anos já vou ser casada, ter 2 filhos, um menino e uma menina, e também vou ser médica, atriz, bailarina e professora." 
.

Trinta anos é uma idade simbólica, aquela em que quando ainda criança você imagina que tudo já vai estar encaixado e perfeito na sua vida. É um número que pesa um pouco, a entrada na quarta década de vida.. Os vinte, década da juventude, das farras e das novidades, passaram voando chegando nessa idade em que você teoricamente já é um adulto e deverá ter a maturidade de um, mas que apesar disso, você de certa forma ainda é jovem. Mas ao meu ver é um símbolo de como o tempo passa rápido sem a gente perceber, e sem necessariamente aproveitarmos sempre tudo da forma como devíamos ou gostaríamos.
É a hora do balanço geral, de ver se os sonhos de criança chegaram ao menos perto da realidade, ou se é hora de mudar mais uma vez.

Hoje aos 30 anos não sou casada.
Nem sequer tenho um noivo, nem ainda um companheiro ou namorado. Ao longo desses anos tenho a sensação de que o amor sempre esteve perto de me encontrar, mas quase ao chegar desviou a rota e fez outra escolha. Inevitávelmente, é o quesito em que mais lamento não estar realizada. Sempre tive planos de com o amor, construir uma família, a minha. Mas esse é o tipo de plano que vai se descorando e ficando cada vez mais desbotado com o passar do tempo. 

Hoje aos 30 anos não tenho um filho.
Muitos menos dois, menina e menino... É um plano que pra mim está totalmente ligado a realização de fazer parte de um casal, de ter um companheiro pra dividir as dificuldades e as alegrias que um filho pode trazer. E esse deve ser frutodo amor cultivado entre os dois. E ponto.
Essas modernidades de produção independente, ainda não são pra mim.
Quem sabe, quando eu tiver chegando aos 40, e escrevendo por aqui, eu já não pense diferente?
Mas hoje, não acho uma idéia muito interessante.

Hoje aos 30 anos sou médica. Mas sou residente. 
Mas ainda não como eu queria, se é que algum dia chego lá. 
Aos que acham que residente não é médico, se enganam. Residência é um limbo em que você ainda está estudando uma especialidade, mas não é mais estudante. Mas ainda não é um profissional especializado. 
É um meio do caminho, e eu com minha preguiça de indefinições, odeio mais essa etapa. Torço pra que chegue logo o fim, pra que eu possa finalmente ser a médica como eu gostaria, e não como sou obrigada a ser.  

Hoje aos 30 anos já fui atriz. 
Papel pequeno, teatro amador, mas foi bom enquanto durou. 
Saudades daquela época e arrependimento de não ter feito mais. 

Hoje aos 30 anos não sou bailarina. 
Mas já aprendi a dançar muitos ritmos e muitos passos, a ponto de me satisfazer um pouquinho. 
Realizando de certa forma o sonho de menina. Claro, muito adaptado à realidade, como na maioria das vezes os sonhos são. Mas apesar de não ser bailarina, uma coisa que aprendi plenamente foi dançar conforme a música. Se eu queria muito muito muito uma coisa, mas não posso tê-la por algum motivo, paciência. Vamos ter a coisa que queria só muito, e que é acessível.

Hoje aos 30 anos não sou professora.
Oriento um pouco meus acadêmicos, ensino quando eu posso, já fui preceptora de tutoria (serve?), mas não sou professora. Quem sabe um dia. Antes preciso perder completamente a insegurança diante do que não sei, e aprender a buscar o conhecimento daí. Enquanto isso não acontece, prefiro me limitar ao tentar dominar o conhecimento que descobrem pra mim, que já é muito vasto.


Bem, é isso... Parte dos sonhos se concretizaram, parte não.. 
Parte está próxima a se realizar, parte nem de longe. 
Parte dessa realização não depende de mim, parte que depende só de mim já está sendo trilhada. 
Mas quem sabe o que não realizei ainda não será concretizado nos próximos anos? 
Quem sabe o amor ainda vai lembrar de mim e me trazer um companheiro, uma família, ou até os filhotes? 
Quem sabe os planos não mudam totalmente com o passar dos anos e com as experiências acumuladas?
Quem viver, verá.
;-)

sábado, 10 de novembro de 2012

...


Rir pra não chorar

E quando você descobre que até aquele paquera do colégio tá noivo??? Depressão eterna!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Da passagem

"Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens …
Não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabe que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade …
É a eternidade.
És tu."

[Cecília Meirelles]

terça-feira, 6 de novembro de 2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Dos braços


"Com dias programados, se desprogramou de grandes expectativas. Não atendia aos telefonemas do inesperado. Se tornou estrada com placas demarcando limites. Quando sentimentos desavisados resolviam fazer “canturia” nas janelas do seu coração, de imediato passava a tranca no sótão dos sonhos e dormia embalada pelo silêncio da noite. Mesmo com todo esse cuidado, em um piscar de olhos foi sequestrada por um sorriso, sua armadura queimada por palavras docemente firmes. Bastou um pequeno gesto e todos os muros, toda a segurança havia caído. Se tornou uma sem teto, com pés descalços, sorriso fácil, refém nos braços da poesia."

[Renata Fagundes]

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Tua cartilha tem o A de que cor?


"... O que os olhos não vêem o coração pressente..."