quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Das florzinhas

"Uma das coisas que aprendi é que amor só não basta para as plantinhas brotarem, crescerem e ficarem ótimas. (...) hay que trabalhar duro também. Todo dia regar, podar, controlar, lutar contra formigas, caramujos do mal..."

 [Caio Fernando Abreu]

Das noites com lua

"Querido John,

    (...)Nós vivemos algo maravilhoso, e quero que você nunca se esqueça disso. Também não quero que pense não ter significado tanto pra mim quanto eu pra você. Você é raro e lindo, John. Durante os últimos dois anos e meio, olhei para o céu a cada lua cheia e lembrei tudo que passamos juntos. Lembrei como me senti confortável conversando com você desde aquela primeira noite.
    (...)Entendi seus motivos para permanecer longe, e respeito sua decisão. Ainda respeito, mas nós dois sabemos que nosso relacionamento mudou depois disso. Nós mudamos, e no fundo do seu coração, acho que você também percebeu isso. Talvez tenhamos passado tempo demais separados, talvez fôssemos realmente de mundos diferentes. Eu não sei. De algum modo, mesmo amando um ao outro, perdemos a ligação mágica que nos manteve juntos.
   Vou entender se você nunca mais quiser falar comigo, assim como vou entender se você disser que me odeia. Parte de mim também me odeia. Escrever essa carta me obriga a reconhecer isso. Quando olho no espelho, sei que vejo alguém que não tem certeza de merecer ser amada. Estou falando sério.
   Mesmo que você não queira ouvir, quero que você saiba que sempre será parte de mim. No tempo que passamos juntos, você conquistou um lugar especial no meu coração, que eu vou levar comigo para sempre e ninguém pode substituir. Você é bom, e um cavalheiro, você é gentil e honesto, mas acima de tudo, você é o primeiro homem que amei verdadeiramente. E não importa o que o futuro traga, você sempre será, e sei que minha vida é melhor por causa disso.

Sinto muito,

Savannah."



[Nicholas Sparks - Querido John]

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

é bom estar de volta!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Da solidão


"Solidão é lava
Que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo...
Solidão, palavra
Cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão...
Viu!
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão...(2x)
Camélia ficou viúva,
Joana se apaixonou,
Maria tentou a morte,
Por causa do seu amor...
Meu pai sempre me dizia:
Meu filho tome cuidado,
Quando eu penso no futuro,
Não esqueço o meu passado
Oh...
Quando vem a madrugada
Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola
Contemplando a lua cheia...
Apesar de tudo existe
Uma fonte de água pura
Quem beber daquela água
Não terá mais amargura
Oh!.."

[Dança da solidão - Marisa Monte]

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Terapia

Oi, Claudia.
Tudo bem?
Então, o carnaval foi ótimo. Descansei, renovei energias, me diverti. Pena que não conheci nenhum carinha interessante. Aliás, se teve uma coisa que eu refleti e me desesperançou foi sobre a vida afetiva. Não só a minha, mas no geral. Primeiro fiquei sabendo que a atual namorada do meu ex implicava horrores com o Show. E isso foi motivo de tanta briga nossa... Tá, eu sei. Ele não faz parte da minha vida. Eu não queria estar no lugar dela etc etc etc, mas fiquei com raiva. Não sei se é raiva. Poxa, me senti injustiçada. Comigo era problema e com ela não?? Ah, que droga...
Depois teve aquela confusão toda da Maria. Nossa, que vontade de ficar só! De não me perder! Ela pensou em abandonar a terapia se voltasse com o cara!! Hello??? Onde vamos parar? Até quando vamos nos anular?
E a história do Josi?? Essa está reverberando na minha cabeça...
E o João? Garantiu pra mim que a ex era passado, que não gostava da família dele, que ele não voltaria jamais com ela, que não era o que ele queria... E aí??
Tô com medo dos homens, medo dos relacionamentos, medo da ausência deles.
Medo?

Do bem

‎...mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, as vezes meio cegas, as vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será tombo ou vôo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá pra ficar é parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-iris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo o mal que existe no mundo. Maior do que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso sim, acredito até o fim.

[Caio Fernando de Abreu]

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Das minhas não-escolhas

"Não consigo mais aceitar relações pela metade. Em outras palavras, raspas e restos não me interessam."

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"Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável (...)
Meu coração é uma planta carnívora morta de fome..."

[Caio Fernando de Abreu]

.

Sei que as coisas são como são porque eu cansei.
Cansei de aceitar menos. De me contentar com o pouco. O bastante, diante de uma perspectiva outra que não minha, mas não o suficiente.
Cansei de aceitar migalhas de tempo. Migalhas de amor.
Hoje com 42 dias de "quarentena" eu vejo tudo muuuito mais claramente.
Eu posso não saber o que ando escolhendo, mas eu sei o que não consigo escolher mais.
Não entro mais em uma relação assim. Não sei ficar cobrando o que deveria ser espontâneo.
E pensar que eu planejava isso pra todo um futuro. Ainda não consigo pensar em Lagoa Santa sem sentir nada, mas isso vai passar como todo o resto.

E apesar de não saber ao certo o que escolho, sei muito bem o que quero.
E especialmente, sei muito mais o que não quero.
E apesar de tudo, já vislumbro um futuro melhor que o passado.
Ainda que incerto e obscuro.
Ainda que cheia de dúvidas. Ainda que bastante insegura, com meus medos e dificuldades, estou pronta pra travessia dessa ponte que liga o que viria a ser - e nunca mais será - ao que está por vir.

Que os planos sejam refeitos e os sonhos reformulados. Se preciso inúmeras vezes.
Que esse gosto amargo de desesperança fique para trás, assim como tudo o que merece ficar no passado.

E viva a terapia...




sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Das minhas escolhas

Sim, eu sei o que quero. Como eu quero.
Exatamente.
Mas não necessariamente é o que escolho.
Minhas escolhas, desde as menores, dependem de outras pessoas.
Ou influenciam outras, para o bem ou para o mal. Minhas escolhas não conseguem ser individuais ou egoístas a ponto de não pensar em mais ninguém.
E cheia de culpa ao pensar no que eu poderia estar fazendo com outras vidas, em quem eu poderia estar prejudicando, eu não escolho o que eu quero. Nem sempre.
Não enquanto as circunstâncias não estão favoráveis.
Enquanto o vento ainda não está soprando a favor...
Espero que isso dure pouco.
Pra que eu possa enfim escolher o que eu quero.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Amanhã

Adele

Someone Like You
I heard that you're settled down
That you found a girl and you're married now
I heard that your dreams came true
Guess she gave you things, I didn't give to you

Old friend
Why are you so shy
It ain't like you to hold back
Or hide from the light

I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I hoped you'd see my face and that you'd be reminded
That for me, it isn't over

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah

You'd know how the time flies
Only yesterday was the time of our lives
We were born and raised in a summery haze
Bound by the surprise of our glory days

I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I hoped you'd see my face and that you'd be reminded
That for me, it isn't over yet

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah

Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes they're memories made
Who would have known how bitter-sweet this would taste

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remembered you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead

Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remembered you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead, yeah, yeah

Do meu amor

"(...) Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem: que ele não ame com coragem. Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, soltar gargalhada de hiena, pentear-se com franjinha, ter pêlos nas costas e no pescoço, usar palito de dente, trocar os talheres de um momento para outro. Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem. Amar com coragem não é viver com coragem. É bem mais do que estar aí. Amar com coragem não é questão de estilo, de gosto, de opinião. Não se adquire com a família, surge de uma decisão solitária. Amar com coragem é caráter. Vem de uma obstinação que supera a lealdade. Vem de uma incompetência de ser diferente. Amar para valer, para dar torcicolo. Não encontrar uma desculpa ou um pretexto para se adaptar, para fugir, para não nadar até o começo do corpo. Não usar atenuantes como “estou confuso”. Não se diminuir com a insegurança, mas se aumentar com a insegurança. Não se retrair perante os pais. Não desmarcar um amor pela amizade. Não esquecer de comentar pelo receio de ser incompreendido. Não esquecer de repetir pela ânsia da claridade. Amar como se não houvesse tempo de amar. Amar esquisito, de lado, ainda amar. Amar atrasado, com a respiração antecipando o beijo. Amar com fúria, com o recalque de não ter sido assim antes. Amar decidido, obcecado, como quem troca de identidade e parte a um longo exílio. Amar como quem volta de um longo exílio. (…) Amar com coragem, só isso." [Fabrício Carpinejar]
Engavetando sentimentos. Um dia dou de presente pra quem souber cuidar. [Karla Tabalipa]

Hoje

Eu credito no amor, mas acho que o amor não acredita em mim...

Da vida

"Não consigo precisar o momento em que escolhi. Nem isso, nem qualquer outra coisa, nem nada. Foram me arrastando. Não houve aquele momento em que você pode decidir se vai em frente, se volta atrás, se vira à esquerda ou à direita. Se houve, eu não lembro. Tenho a impressão de que a vida, as coisas, foram me levando. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir. Agora olho em volta e não tenho certeza se gostaria mesmo de estar aqui. Só sei que dentro de mim tem uma coisa pronta, esperando acontecer." [Caio Fernando Abreu]

sábado, 11 de fevereiro de 2012

What the hell am I doing here?

I don´t belong here.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Um mês...

Chega de reticências.
Ficar esperando.
Sofrendo.
Contando saudades.
Se o amor não é possível, o melhor é colocar um fim. E ponto.

[Fernanda Mello]


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Ontem chorei.
Por tudo que fomos.
Por tudo o que não conseguimos ser.
Por tudo que se perdeu.
Por termos nos perdido.
Pelo que queríamos que fosse e não foi.
Pela renúncia.
Por valores não dados.
Por erros cometidos.
Acertos não comemorados.
Palavras dissipadas.
Versos brancos.

Chorei pela guerra cotidiana.
Pelas tentativas de sobrevivência.
Pelos apelos de paz não atendidos.
Pelo amor derramado.
Pelo amor ofendido e aprisionado.
Pelo amor perdido.
Pelo respeito empoeirado em cima da estante.
Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa.
Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados.
Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa.
Por tudo que foi e voou.
E não volta mais, pois que hoje é já outro dia.

Chorei.
Apronto agora os meus pés na estrada.
Ponho-me a caminhar sob sol e vento.
Vou ali ser feliz e já volto.

[Caio Fernado Abreu]

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja. Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia. Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que nada é para sempre."

[Gabriel García Márquez]