domingo, 25 de dezembro de 2011

Resoluções de ano novo

Belo Horizonte, 25 de dezembro de 2011.

Termino o ano de 2011 com a alma lavada. Minha famosa e desejada vaga de residência!!! Unbelievable... Expectativa da Santa Casa e ao mesmo tempo simpatizando com a idéia de morar em Uberlândia...
De repente a ausência de um namorado tornou-se pequena diante da nova realidade, do novo rumo profissional. Apesar de algumas lembranças ainda se fazerem presentes, o novo que se abre à minha frente fascina.
A recuperação de gostar de uma noite de Natal foi boa. O verdadeiro espírito natalino!!
Expectativas pra 2012: enfrentar (com um sorriso no rosto) um ano de clínica. Conseguir me sustentar. Encontrar alguém, ficar tranqüila com essa situação. Manter a terapia (ter o que discutir, né??), a homeopatia. Suspender a sertralina (ficar bem). Correr. Malhar. Estudar espanhol!!! Terminar a depilação a laser. Fazer as pazes com meu cabelo (formol??). Manter amizades. Fazer novas amizades. Paz de espírito!!! Afastar de quem não me faz bem. Fazer uma viagem legal.

sábado, 29 de outubro de 2011

Da perda II

"Vocês já notaram que sempre que alguém que amamos morre, cai uma folha de árvore, passa uma nuvem, um passarinho começa a cantar triste, o cadarço do sapato desamarra, anoitece de repente, começa a chover ou a parar de chover? São sinais que precisamos decifrar."

Fausto Wolff, A milésima segunda noite (Bertrand Brasil, pg. 344)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Da perda

Gosto de ver a vida distante, "fora de mim", como se fosse um filme. E eu seria a atriz principal. E no final tudo isso terá valido a pena. E eu teria me surpreendido com o final...
Quem sabe?
Tentando resgatar a esperança. Será?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Da espera

Já esperei por um telefonema (será que meu telefone estragou??), uma mensagem de texto, flores entregues pelo porteiro.
Já esperei uma menstruação chegar (mais de uma), um convite pra jantar, um olhar em retribuição.
Já esperei alguém se arrepender e voltar, alguém sair pra nunca mais voltar, alguém aparecer e mudar tudo.
Já esperei a porta abrir, a fila andar, a janela fechar, a noite chegar, o dia amanhecer.
Já esperei o meu aniversário, o dia de Santo Antônio, o dia da prova.
Já esperei a corrida terminar, o ponteiro da balança abaixar, o livro de auto-ajuda acabar.
Já esperei. E ainda espero. Até quando???
Cansada de muita coisa. E de muita gente também...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Da ansiedade

"Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece…
Mas, Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!"


Poesia Completa de Mário Quintana, p. 899 (Nova Aguilar)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Das lágrimas

Um romance, seja ele de qual tipo for, exige que os dois queiram dar um passo em direção ao futuro misterioso de todos os dias - juntos.
Mesmo que seja para sofrerem juntos, desafiando todos os problemas.

domingo, 28 de agosto de 2011

Do hoje

Porque no fundo está tudo igual, ninguém valendo nada. Hora da reclusão.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Estranho

Diante das circunstâncias, o que me resta? Questionar. Chorar. Rir de tudo quando me coloco na posição de espectadora. Como alguém pode ter olhado nos meus olhos e, com lágrimas nos seus, dizer que tinha certeza de que eu era a mulher da sua vida e, 1 mês depois estar publicamente namorando alguém que não existia na sua vida?? Simplesmente tem gente que não sabe amar. E que machuca os outros...
Quero um convento. Não quero gostar de alguém nunca mais. Coração fechado, com vidro blindado,aí vou eu!
Só peço pra ficar bem...

domingo, 12 de junho de 2011

Do meu jardim

"Depois de uma longa espera consegui, finalmente, plantar o meu jardim. Tive de esperar muito tempo porque jardins precisam de terra para existir. Mas a terra eu não tinha. De meu, eu só tinha o sonho. Sei que é nos sonhos que os jardins existem, antes de existirem do lado de fora. Um jardim é um sonho que virou realidade, revelação de nossa verdade interior escondida, a alma nua se oferecendo ao deleite dos outros, sem vergonha alguma... Mas os sonhos, sendo coisas belas, são coisas fracas. Sozinhos, eles nada podem fazer: pássaros sem asas... São como as canções, que nada são até que alguém as cante; como as sementes, dentro dos pacotinhos, à espera de alguém que as liberte e as plante na terra. Os sonhos viviam dentro de mim. Eram posse minha. Mas a terra não me pertencia (...)"

[Rubem Alves, O Jardim]

quarta-feira, 2 de março de 2011

Do meu coração de um mês ou dois

Quem nasce com coração?
Coração tem que ser feito.
Já tenho uma porção
Me infernando o peito.

Leminski

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Do fds

"Que a vida é mesmo
Coisa muito frágil
Uma bobagem
Uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama

Por onde andei
Enquanto você me procurava
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava..."


[Nando Reis]

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Do dia 02/02/11

"..dois sonhos que se encontram e que, cúmplices, escapam para sempre da realidade. Assim, existem casais que vivem lado a lado sem cessar de se inventar e que permanecem fiéis a essa obra de arte, apesar de todas as armadilhas do “como as coisas realmente são"...

[Romain Gary]

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Das memórias

"Desconfio do modo como colorimos as memórias. Cada um de nós tem sua própria caixa barata de tintas e seus tons favoritos."

[Julian Barnes]

domingo, 30 de janeiro de 2011

Do fogo

Na composição da estrutura humana há uma grande dose de material inflamável, embora possa ficar dormente por algum tempo, e quando o archote é colocado nele, o que estiver dentro de você explode em fogo.

[George Washington, 1795]
Ele insistia. Era teimoso, não se contentava com o eu-te-amo. Insistia, insistia.

— Diga que é para sempre.

Ela, querendo ser totalmente sincera, respondia:

— Para sempre… não, não posso dizer.

Engraçado que, lá no fundo, sabia que era para sempre, mas desconfiava de promessas que não pudessem ser cumpridas por culpa da vida. Era como prometer que não se iria morrer.

— Por que você não diz, hem Maria? Você não me ama de verdade?

— E como, João! Amo a você até mais do que a mim mesma, mas a vida…

— Pois eu digo sem medo: amo você para sempre, sempre, sempre…

Maria ria entre feliz e sem graça. E entregava-se a esse amor que fazia cada minuto parecer o sempre.

Um dia João chega muito solene e pede-lhe:

— Maria, mesmo que não seja, diga pra mim que é pra sempre, tá? Quero ouvir “para sempre”.

E Maria passou a dizer o advérbio. A princípio tímida; depois categoricamente.

— Eu te amo, João.

— Muito?

— Muito — respondia ela.

— Para sempre?

— Para sempre — confirmava.

O tempo passava. O amor de Maria por João aumentava. Agora o sempre era uma certeza e a vida só delícias, para todo o sempre.

— Pra sempre te amarei, João.

— Sei disso, Maria. Nós dois somos para sempre.

— É, João, pra sempre.

Maria não tinha dúvidas quanto a João. E muito menos quanto a si mesma.

Eternamente para sempre… para sempre eternamente.

E a felicidade vivia com ela e tão plena estava que nem percebia João fazer-se um talvez. Esquivo hoje, amanhã — e ela não via ou não queria ver. Até que…

— Maria, vou-me embora.

— Por que, uai!

— Não te amo mais, Maria.

— Não?!

— Não.

— Assim, João?

— É.

— Mas não podemos… não posso fazer alguma coisa? Me dá um tempo, João.

— Não, não posso.

— Mas, João!

— Não volto mais, Maria. E é para sempre.

O texto acima foi extraído do livro “Porção de Tintas“, de Márcia Carrano, FUNALFA Edições, Juiz de Fora (MG), 2003, pág. 101.

sábado, 29 de janeiro de 2011

One more time

"Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca."

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Da noite

Quando estão fora de sincronia, as ondas se anulam, cancelando uma à outra; quando estão em sincronia, elas se ampliam.

[Daniel Goleman]


.


"Um dos maiores inconvenientes do amor é que nos faz, pelo menos durante algum tempo, correr o risco de sermos realmente felizes."

[Alain de Botton - Ensaios de Amor]

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Da tristeza

Sim, estou triste.
Sinto-me fracassada. De nada adiantam as palavras de conforto: "você já conquistou tanta coisa", "olhe o quão privilegiada você é", "poderia ser pior". Nada disso me faz sentir melhor.
Estou triste. Vou respeitar esse sentimento da mesma forma que respeito a alegria. Vou viver essa tristeza até o fim. Vou me questionar sempre.
Essa sou eu.
Na versão triste, mas sou eu.

E pnc da dermato!!!!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Da insegurança

não importa o que as pessoas não sabem, importa o que só você poderia saber.
A verdade é um mistério nascido nas lutas solitárias.

domingo, 16 de janeiro de 2011

das crenças

não hoje. mas ainda.

e sigo à cantar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Da minha vez

"Asfixia. Esta espera, este temer que acabe o que não pode acabar".

[Casimiro de Brito]

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Das coisas

everything in its right place.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Do ontem, de um não-hoje e de um possível (ou não) amanhã

"O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mentir e me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os tremores me vêm agitar
E todos os suores me vêm encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo"

Chico.
E eu.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Retirando o post anterior...

E se as pessoas voltam e é bom assim???