quarta-feira, 11 de julho de 2012

Do 6

Hoje seis meses de mudança, em que a solidão me acompanhou e permaneceu comigo a maior parte do tempo entremeada por vislumbres de tentativas (frustras) e uma longínqua possibilidade de amor com rios de ilusão.
Possibilidade que possui um coracão com tanta gente, e tanta bagunça que acaba confundindo quem está ao redor querendo um pedacinho dele.
Possibilidade essa que se encontra no mesmo tempo que eu, mas não no mesmo espaço. 
Tempo em que muitos planos foram completamente destruídos e passei a questionar o que (não) estou fazendo com minha vida, com meu presente e com meus sentimentos.
Apesar de algumas respostas já existirem e me surprenderem positivamente, ainda me restam tantas dúvidas, tanta insegurança, tanto medo. Sei que mais me incomoda é o talvez, o incerto.. o "e se". 
Mas será que alguém tem certeza de alguma coisa? Bom, eu já tive algumas. 
E que invariavelmente acabaram descendo pelo ralo.


Tento continuar acreditando em alguma coisa, que o que está por vir será infinitamente melhor que o que foi. Porque se eu perder essa faísca e deixar a desesperança dominar, aí tenho certeza: não me restará mais nada. 
Quanto tempo mais esperando?
Quantos sonhos mais desmoronados e ilusões esfareladas nesse meio do caminho? 
Quantos planos modificados e reconstruídos inúmeras e inúmeras e inúmeras vezes pra se adequar à realidade? E que realidade é essa? E é ela que eu quero? E o que eu faço pra mudar o que não quero? 
E como não acabar endurecendo com todas essas mortes? Como não se deixar iludir tão facilmente?
Como não perder o brilho diante da vida? Como aprender a não se entregar ao sentir?


Tantos questionamentos e por enquanto só uma resposta: 
Sentir é sofrer. 

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