"O canto da mais difícil
E mais misteriosa das deusas
Do candomblé baiano
Aquela que sabe tudo
Sobre as ervas
Sobre a alquimia do amor"
Deaaá! Deeerê! Deaaá!
O homem que diz dou
Não dá
Porque quem dá mesmo
Não diz
O homem que diz vou
Não vai
Porque quando foi
Já não quis
O homem que diz sou
Não é
Porque quem é mesmo é
Não sou
O homem que diz tô
Não tá
Porque ninguém tá
Quando quer
Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha
Traidor
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor...
Vai, vai, vai, vai...
Não Vou
Vai, vai, vai, vai...
Não Vou
Vai, vai, vai, vai...
Não Vou
Vai, vai, vai, vai...
Não Vou...
Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não
Eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor...
Amigo sinhô
Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha
Não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer...
Vai, vai, vai, vai
Amar
Vai, vai, vai, vai
Sofrer
Vai, vai, vai, vai
Chorar
Vai, vai, vai, vai
Dizer...
Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não!
Eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor...
Vai, vai, vai, vai
Amar
Vai, vai, vai, vai
Sofrer
Vai, vai, vai, vai
Chorar
Vai, vai, vai, vai
Dizer...
[Vinícius de Moraes]
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário