quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Do entendimento II

"O que eu sinto eu não ajo.
O que ajo não penso.
O que penso não sinto.
Do que sei sou ignorante.
Do que sinto não ignoro.
Não me entendo e ajo como se me entendesse"

[Clarice Lispector, Descoberta do mundo. Rocco. pag.465]

.

Tô numa fase super Clarice.
Sim, eu tenho fases de obsessão por cada um dos meus autores preferidos. Clarice, a mais master plus de preferida, está bombando em mim, no momento. Como se as palavras todas, fossem minhas, através dela.

2 comentários:

Lucíola disse...

pois é... tava procurando outro dia um livro de cabeceira gostoso de ler numa livraria por aí

acho que agora ja tenho umas idéias =)

mais alguma sugestão?

Flor de Liz disse...

Clarice sempre é uma boa sugestão... "Uma aprendizagem ou livro dos prazeres" é pra mim o melhor dela disparado. Como já te disse, é o livro que mais li na vida. E sempre me encanto com ele. Como algum ser humano consegue escrever dessa maneira tão empática. Depois dele o "perto do coração selvagem" da Clarice...
O últimos que li,"ensaio sobre a cegueira", do Saramago, recomendo. Passando pela minha fase latina, "As travessuras da menina má", do Mario Vargas Llosa, "Jogo da Amarelinha" do Julio Cortazar, "Memórias de minhas putas tristes" do gabriel garcia marquez.
No momento to lendo "Cem anos de solidão", tb dele, depois te conto.

E aquele da menina que roubava livros, que eu li numa sentada quando tava aí, vc leu?
Tão triste, até chorei! Mas lindo de morrer...

Vc tem muitos livros bons aí do seu pai... nem precisa procurar em livraria... : )

Eu sou uma péssima pessoa pra indicar livros, pq eu costumo gostar de todos os livros que concluo. Os que empacam por alguma razão, deixo de ler e pronto.