"Aqueles olhos fundos, quando a cor da retina fica úmida, aquele olhar
que não deveria ser descrito, mas aqui estamos nesse erro.
Ninguém fica
melhor depois do sofrimento.
E toda a bibliografia que melhora a
humanidade, talvez a torne menos úmida.
A gente só continua, se
movimenta.
Vai pra frente, dando vazão ao instinto de progresso que
permanece.
Ou dá voltas, sucumbindo ao ritmo próprio da vida - esse
fenômeno da repetição.
Ou enterra-se, sendo fiel ao inevitável
movimento, mas por dentro.
Apertei seu ombro, como quem pressiona o botão REC do gravador mais high-tech que pode existir.
- Eu era legal, mas aí, aconteceu isso."
[Vitor Freire]
sábado, 6 de abril de 2013
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