segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Da vida real

"Quanto à moça, ela vive num limbo impessoal, sem alcançar o pior nem o melhor. 
Ela somente vive, inspirando e expirando, inspirando e expirando. Na verdade — para que mais que isso? (...)  Para adormecer nas frígidas noites de inverno enroscava-se em si mesma, recebendo-se e dando-se o próprio parco calor.  Dormia exausta, dormia até o nunca..." 

[Clarice Lispector]


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