Querido,
Ainda lembro do primeiro dia em que não nos conhecemos. Você nunca estava, como sempre, representando seu papel de supremo dono do conhecimento que não dá a mínima para o próprio, quando na verdade, nós dois (ou pelo menos eu acho que) sabemos que é uma das coisas que você mais faz e bem nessa vida cheia de choro.
Não falei, não falaste, e diante da ausência da minha reclamação, não me olhaste, e nós dois então não pudemos perceber que nada havia por acontecer. Nada se construia naquele segundo singular em que não nos conhecemos.
Depois não nos encontramos mais. Uma vez mais ainda nem me vistes. Não chegastes a saber das idas sem voltas que cercavam a minha vida naquele momento, talvez por isso mesmo, nem me olhastes. Não falei, não falastes, nenhum sentimento foi construíndo-se em feto naquele momento, mais uma vez "segundo-singular".
Todos os momentos "segundo-singulares" que não chegaram a se seguir, ainda agora não os tenho em minha memória. Em nenhum dia me disseste "Atenciosa" e eu, nunca saberia que não mais o ouviria...
Nunca soubemos das coisas que não faríamos. E muitas, NUNCA fizemos...
Mas em nenhum dia nos encontraremos, não nesta vida, não na outra, mas as lembranças que não ficaram na memória, não precisam ser esquecidas. Quem sabe nunca as veremos repetidas?
Saudosas lembranças.
[Samantha Ipsum]
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Um comentário:
Nú!
Fluoxetina já!
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