"Não consigo mais aceitar relações pela metade. Em outras palavras, raspas e restos não me interessam."
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"Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável (...)
Meu coração é uma planta carnívora morta de fome..."
[Caio Fernando de Abreu]
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Sei que as coisas são como são porque eu cansei.
Cansei de aceitar menos. De me contentar com o pouco. O bastante, diante de uma perspectiva outra que não minha, mas não o suficiente.
Cansei de aceitar migalhas de tempo. Migalhas de amor.
Hoje com 42 dias de "quarentena" eu vejo tudo muuuito mais claramente.
Eu posso não saber o que ando escolhendo, mas eu sei o que não consigo escolher mais.
Não entro mais em uma relação assim. Não sei ficar cobrando o que deveria ser espontâneo.
E pensar que eu planejava isso pra todo um futuro. Ainda não consigo pensar em Lagoa Santa sem sentir nada, mas isso vai passar como todo o resto.
E apesar de não saber ao certo o que escolho, sei muito bem o que quero.
E especialmente, sei muito mais o que não quero.
E apesar de tudo, já vislumbro um futuro melhor que o passado.
Ainda que incerto e obscuro.
Ainda que cheia de dúvidas. Ainda que bastante insegura, com meus medos e dificuldades, estou pronta pra travessia dessa ponte que liga o que viria a ser - e nunca mais será - ao que está por vir.
Que os planos sejam refeitos e os sonhos reformulados. Se preciso inúmeras vezes.
Que esse gosto amargo de desesperança fique para trás, assim como tudo o que merece ficar no passado.
E viva a terapia...
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
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2 comentários:
Gosto amargo de bocas amargas...
Vai passar
Solidão é lava
que cobre tudo
amargura em minha boca
sorri seus(ou meus?!?)dentes de chumbo...
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