segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Do sonho

Hoje eu tive um sonho.
Vocês irão pensar, e daí, eu tb. Mas é que esse não é um fato costumeiro na minha vida. E eu acredito que eles podem trazer muitas possibilidades de interpretações e múltiplos significados. Estava eu no teatro, semelhante ao qe eu já pisei antes, para realmente interpretar. Juntando minhas coisas pra ir embora, como se tivesse acabado de fazer o que estava ali para. Fui. Pra casa da minha vó, com todas as pessoas da peça, que eram estranhas pra mim. Mas a casa estava cheia de gente. Inclusive uma menina, fisicamente extremamente oposta à real, meio loira até. Com um[o] menino indisponível. Daí ela entra no andar de baixo com outras pessoas estranhas e sai de foco. O indisponível me puxa para o andar de cima, grade de dentro, e a gente se pega. Tesão total. [muitos detalhes pra mim. sem detalhes pra vocês, queridos.] Mas a nóia da indisponibilidade me persegue. Começo a chorar, saio, vou pra dentro. Tento descer as escadas. Ele vem atrás. Ela vem subindo. Saio correndo, chorando e me sentindo a pior de todas as criaturas.
Tudo isso ao som de "Everything in its right place", Radiohead...
E em cores fracas, desbotadas, como de um filme antigo em que já se perderam as cores.

Acordei agora a pouco com uma sensação de angústia e uma vontade de entender o que o meu inconsciente tentou me dizer. Com a cabeça girando, com uma forte impressão de tudo que acabou de acontecer, espiritualmente ou subconscientemente, de acordo com as crenças de cada um.

Mas disso ficou forte pra mim a questão da (in)disponibilidade. A imensa vontade de sair disso tudo e me sentir presa, sem saber porque nem como. Ainda a imensa vontade de liberdade, de não ter nenhum tipo de idéias repressoras, mas a certeza de que essas idéias não só fazem parte de mim, como eu desmoronaria sem elas.
Sim, tenho a certeza de que existem princípios que seguram a casa toda. Sem os quais tudo desmorona.

E o teatro? Talvez estejamos todos representando nesse palco que é a vida... Talvez seja tudo uma ilusao.

Sonhos incrivelmente mexem comigo.
Como se fossem avisos distantes de perigo, de alerta.
E não deixam de ser.

2 comentários:

Lucíola disse...

nossa

esse sonho merecia muito uma longa conversa

por sinal, lembra que falei que eu não sonhava com essas coisas. de ontem pra hoje sonhei pela primeira vez. No mínimo, interessante...

Flor de Liz disse...

sonhos me abalam.
pela análise mais espiritualista que tenho deles de que aquilo não só é fruto da sua imaginação, como de fato está se realizando, em outro plano, com algum objetivo.

enfim, sim, longas conversas seriam ótimas. quem sabe no reveillon?