"Calma, amiga
as coisas estão desajeitadas, eu sei
Venta demais,
voa folha desgovernada,
voa cisco no olho,
e lembranças doídas
do que já vimos na estrada
Mas, calma
Calma que o dia amanhece
e leva embora devagar
seus fantasmas que gritam
seus demônios discretos
seus traumas sombrios
e seus medos desertos
Calma, amiga
Você tem medo
E, no fundo, eu também
Mas resolvi decidir
que é tudo bobagem
e te pintar uma imagem
que te permita seguir
Calma, amiga
Porque seus medos são grandes
Mas você é imensa
Mesmo quando perde a lembrança
De que é maior do que a Urca
E se julga pequena
Quebradiça
Criança
Calma, amiga
Porque sempre que você for pouco
Eu serei o resto
E seremos maiores
E mais fortes
E mais firmes
Do que qualquer futuro incerto"
[Ruth Manus]
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
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