O dia estava frio e lindo e não tinha por que não estar.
Eles eram diferentes e todo mundo dizia que um completava o outro. Todo mundo não, porque quase ninguém sabia deles.
Maria o amava, ele se deixava amar. E com eles era assim.
Ela tinha bom gosto pra música, livros e cinema. Falava três línguas.
E precisava dele para se sentir viva.
E precisava dele para se sentir viva.
Mas naquela tarde de novembro, Maria ficou imaginando como seria se não fosse daquele jeito. Enquanto ele quase a amava, ela descobriu que tinha um mundo pra entender e, pra saber das coisas, não mais podia ficar parada esperando ser quase amada. Quem ama sabe o que sente.
O garoto parou de olhar pra rua e olhou pra ela, mas ela não estava mais lá.
Maria pensou que morreria, mas não morreu. Aconteceu.
Maria pensou que morreria, mas não morreu. Aconteceu.
Acontece sempre, com todo mundo, o tempo todo.
Foi triste como tinha que ser e depois passou, como tudo passa.
Foi triste como tinha que ser e depois passou, como tudo passa.
Maria lembrou disso milênios depois. Ela lembrou porque, se tivesse sido diferente, doeria igual.
Ele ficou lá atrás. Maria saiu voando, com a certeza de ter amado.
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