sexta-feira, 27 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Não preciso nem falar de quem
Ai que dó.
Ai que dó.
Não me inveje. Tente se superar e ter algum amor proprio e se dar valor.
Bjos.
Ai que dó.
Não me inveje. Tente se superar e ter algum amor proprio e se dar valor.
Bjos.
terça-feira, 17 de maio de 2016
Da pena
Se contente em ter um pedaço do que nunca foi seu...
Vá vender seu corpo pra outro, vai.
Tchau biscoitinho.
Quem não tem capacidade pra conquistar alguem que te ame, tem que tentar roubar alguem que ama outra.
Tenho muita dó.
Muita...
É carencia demais ser usada, saber e permitir.
Fruto de uma infância nessa família desestruturada né...
Vou ate parar de falar, de tanta dó, sério.
Namastê.
Vá vender seu corpo pra outro, vai.
Tchau biscoitinho.
Quem não tem capacidade pra conquistar alguem que te ame, tem que tentar roubar alguem que ama outra.
Tenho muita dó.
Muita...
É carencia demais ser usada, saber e permitir.
Fruto de uma infância nessa família desestruturada né...
Vou ate parar de falar, de tanta dó, sério.
Namastê.
domingo, 15 de maio de 2016
De tudo fica um pouco
De tudo ficou um pouco.
Do teu medo.
Do meu asco.
Dos gritos gagos.
Da rosa
ficou um pouco
Ficou um pouco de luz
captada no chapéu.
Nos olhos do rufião
de ternura ficou um pouco
(muito pouco).
Pouco ficou deste pó
de que teu branco sapato
se cobriu. Ficaram poucas
roupas, poucos véus rotos
pouco, pouco, muito pouco.
Mas de tudo fica um pouco.
Da ponte bombardeada,
de duas folhas de grama,
do maço
- vazio - de cigarros, ficou um pouco.
Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
Se de tudo fica um pouco,
mas por que não ficaria
um pouco de mim?
no trem
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
um pouco de mim algures?
na consoante?
no poço?
Um pouco fica oscilando
na embocadura dos rios
e os peixes não o evitam,
um pouco: não está nos livros.
De tudo fica um pouco.
Não muito: de uma torneira
pinga esta gota absurda,
meio sal e meio álcool,
salta esta perna de rã,
este vidro de relógio
partido em mil esperanças,
este pescoço de cisne,
este segredo infantil...
De tudo ficou um pouco:
de mim; de ti; de Abelardo.
Cabelo na minha manga,
de tudo ficou um pouco;
vento nas orelhas minhas,
simplório arroto, gemido
de víscera inconformada,
e minúsculos artefatos:
campânula, alvéolo, cápsula
de revólver... de aspirina.
De tudo ficou um pouco.
E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
Mas de tudo, terrível, fica um pouco,
e sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob os túneis
e sob as labaredas e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito
e sob o soluço, o cárcere, o esquecido
e sob os espetáculos e sob a morte escarlate
e sob as bibliotecas, os asilos, as igrejas triunfantes
e sob tu mesmo e sob teus pés já duros
e sob os gonzos da família e da classe,
fica sempre um pouco de tudo.
Às vezes um botão.
Às vezes um rato.
[Carlos Drummond de Andrade]
sexta-feira, 13 de maio de 2016
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Tempo, tempo, tempo, tempoooo...
Há exatos 2 anos entreguei meu corpo (junto com meu desejo, meus sonhos, meus sentimentos à você.
E de você nunca mais voltei.
E desde então, "sou porque tu ès".
E é a razão do meu choro de hoje.
E de você nunca mais voltei.
E desde então, "sou porque tu ès".
E é a razão do meu choro de hoje.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Do tácito
''Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor à procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita''.
[Carlos Drummond de Andrade]
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor à procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita''.
[Carlos Drummond de Andrade]
terça-feira, 10 de maio de 2016
Do que eu quero
Ad una donna qualunque possono bastare le belle parole.
A quelle come me serve presenza, costanza e coerenza.
A quelle come me serve presenza, costanza e coerenza.
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Do tempo-espaço
"Aqui o espaço é tudo, pois o tempo já não anima a memória. A memória – coisa estranha! – não registra a duração concreta, a duração no sentido bergsoniano. Não podemos reviver as durações abolidas. [...] É pelo espaço, é no espaço que encontramos os belos fósseis de duração concretizados por longas permanências. O inconsciente permanece nos locais. [...] Localizar uma lembrança no tempo não passa de uma preocupação de biógrafo e corresponde praticamente apenas a uma espécie de história externa, uma história para uso externo, para ser contada aos outros."
BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 28-29.
BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 28-29.
sábado, 7 de maio de 2016
Da Falsyane
Continue tentando.
Quem sabe algum dia você consegue chegar perto do que sou.
Já adianto: nunca será.
Bye Bitch.
Quem sabe algum dia você consegue chegar perto do que sou.
Já adianto: nunca será.
Bye Bitch.
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Da ausência
"Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida"
[Tom Jobim]
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida"
[Tom Jobim]
Da confissão
"Dirão, em som, as coisas, que calados, no silêncio dos olhos confessamos?"
[José Saramago - os poemas possíveis]
[José Saramago - os poemas possíveis]
quinta-feira, 5 de maio de 2016
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Do permanente
Sou profunda. Acredito em relações duradouras. Em coisas permanentes.
É difícil ser profunda em um mundo de pessoas rasas.
http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/a-geracao-que-trata-tudo-como-descartavel/
É difícil ser profunda em um mundo de pessoas rasas.
http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/a-geracao-que-trata-tudo-como-descartavel/
terça-feira, 3 de maio de 2016
segunda-feira, 2 de maio de 2016
domingo, 1 de maio de 2016
Sempre
"...Perché senza cercarti
ti incontro ovunque,
soprattutto quando chiudo gli occhi."
[Julio Cortázar]
ti incontro ovunque,
soprattutto quando chiudo gli occhi."
[Julio Cortázar]
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